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Participar da gravidez: como o pai pode fazer parte do momento

Casal juntos na gravidez

A gravidez é um momento muito especial na vida de uma mulher. Ela percebe seu corpo mudar enquanto o bebê cresce e se desenvolve em seu ventre. Além das alterações corporais, os hormônios mexem com os sentimentos e mudam a percepção da gestante em relação ao futuro e a vida com o filho que está por nascer.

No contexto de mudanças, o pai pode se sentir um pouco perdido ou deixado de lado. A atenção é voltada para a mulher, que sente diretamente todas alterações que a gestação provoca. Contudo, o homem que quiser ou que tenha vontade também deve participar da gravidez.

Muitos pais sentem uma apreensão com a chegada do bebê e levam mais tempo até se sentirem à vontade no novo papel familiar. Em casos assim, a mulher pode convidar o companheiro para compartilhar as emoções e ser mais ativo.

Por isso, a Joli Môme vai dar dicas para vocês criarem desde cedo essa família tão esperada!

A importância de participar da gravidez

Por ser uma fase intensa na vida da mulher, a gravidez pode ser marcada por inseguranças, dúvidas e medos, tanto por parte dela, quanto pelo pai. Como será o parto? O bebê será saudável? Como serão as noites? E se meu filho chorar, como vou saber o motivo? Tais são alguns dos receios que podem mexer com a cabeça, independente de serem pais de primeira viagem ou já terem uma certa experiência no assunto.

É normal ter tantos questionamentos, bem como sentir ansiedade pelo que vem pela frente. Diante disso, a participação do pai na gravidez pode desempenhar papéis importantes:

  • Cumplicidade para encarar as dúvidas e dificuldades: a participação do pai na gravidez pode desempenhar um papel importante para que ambos se sintam mais seguros e tranquilos com a relação de parceria. A preocupação em acompanhar diretamente a fase que a mulher está vivendo vai resultar em uma relação de proximidade e cumplicidade. Como sempre, o importante na relação é compartilhar e conversar! Sabendo o que está acontecendo com a gestante (e vice-versa), o casal terá mais facilidade em agir com empatia com o momento, oferecendo suporte e segurança um para o outro.
  • Criar vínculo com o bebê: para alguns pais, a criação de vínculo não é tão simples ou imediata. Sentir-se pai pode ser um longo processo, difícil enquanto o bebê ainda não está nos braços. Então, convidar o homem a compartilhar momentos importantes durante a gravidez é uma ótima oportunidade para o casal “mergulhar” na maternidade e paternidade.

Pai envolvido na gravidez

Como o pai pode participar da gravidez?

Por mais que o homem queira se envolver, às vezes não é claro como ele pode participar da gravidez de forma ativa. Por isso, confira algumas sugestões:

  • O pai fazendo parte da história: é natural muitas vezes que a mulher tome certas iniciativas, como anunciar a gestação para a família. Mas que tal incluir o pai e dar autonomia para ele? Por exemplo, você pode deixá-lo ver o resultado do teste de gravidez e contar para você a novidade. Também levar em consideração quando ele acha o melhor momento para compartilhar a notícia com a família e amigos. Outra dica é incluí-lo nas fotos da gravidez, aceitando as sugestões dele para roupas, locais e poses para o ensaio. Aliás, que tal pesquisarem juntos referências que ambos gostem? Dê espaço para ele participar e ter iniciativa, que aos poucos isso vai se tornar mais natural e constante.
  • Tarefas da casa e da família: é hora de ter uma atenção especial na divisão de tarefas. Você provavelmente estará cansada pela gestação e com algumas limitações, como carregar peso, andar de carro, etc. Então, o homem pode se envolver mais, tanto na cozinha, preparando as refeições, quanto na hora de limpar e organizar a casa e fazer outras tarefas.

Pai ajudando a esposa na cozinha

  • Consultas médicas: pode parecer simples, mas entender cada fase da gestação vai deixar o homem mais próximo da mulher, percebendo tudo que está acontecendo com o corpo feminino e com o bebê. Nem sempre é fácil conciliar as agendas para ele estar em todas as consultas e exames, mas acredite: vale a pena. E nas consultas, nada de vergonha! Se ele tiver dúvidas, deixe perguntar e demonstre o seu interesse também. É importante que ambos se sinta à vontade com isso.
  • A gravidez pode ser uma festa para ele também: o chá de bebê é especial para a mulher. Mas que tal o pai ter um momento para celebrar com seus amigos também? Pode ser a “Cerveja do bebê”! Com certeza ele vai se divertir, ainda mais se os amigos prepararem algumas surpresas e brincadeiras! Você inclusive pode contribuir com dicas e ideias.
  • Preparação do enxoval: muitas vezes a mulher, por iniciativa própria ou falta de iniciativa do parceiro, acaba cuidando sozinha do enxoval. No entanto, ambos podem compartilhar o momento, especialmente na fase de pesquisa dos itens mais técnicos, como carrinho, bebê conforto, babá eletrônica e berço seguro. As compras também podem ser uma boa oportunidade para que vocês conversem sobre a parentalidade e o que imaginam em relação aos cuidados com o bebê.

pais ouvindo musica com bebe

  • Ter responsabilidades relacionada ao bebê: você tem uma responsabilidade especial pelo fato do bebê estar no seu ventre. Entretanto você também pode deixar seu marido ser responsável por algumas coisas diretamente relacionadas com o bebê. Você pode dar algumas tarefas para ele cumprir sem o seu envolvimento. Pode ser um tarefa administrativa ou ir buscar as lembrancinhas da maternidade, por exemplo. Mesmo que seja algo pequeno, a ideia é que assim ele também seja responsável pelo bebê!
  • Pesquisa sobre parto: o parto vai representar um marco no final da gestação. Enfim chegará o momento que vocês terão o bebê nos braços pela primeira vez, o que muda a vida de uma pessoa para sempre. A mulher com certeza precisará do apoio e do suporte do companheiro. Informem-se juntos sobre os tipos de parto e estejam cientes das escolhas de vocês (pode ter sangue, aparelhos médicos, sofrimento). Uma sugestão é convidar o homem para participar dos cursos de preparação, pois ele vai ter um papel muito importante no parto e deve saber como lidar em cada etapa. Os cursos podem contribuir ensinando como ajudar no dia, seja com massagens para aliviar as contrações ou com palavras de amor e acolhimento. Além disso, o homem não pode esquecer da parte prática. Ele precisa ter em mãos os documentos necessários para dar a entrada na maternidade e fazer junto com a mulher a mala que deverá ser levado para o hospital (mala da mãe e do bebê, bebê conforto para saída da maternidade, etc) pois naquela hora, ele será o responsável por ajudar as enfermeiras e a administração. Conhecer a maternidade em que a criança deve nascer antes do parto também pode ajudar na preparação da família para o momento.

E se o pai não sentir vontade de se envolver? Não quiser participar ativamente mesmo com você dando espaço para isso? Tudo bem, acontece. Para alguns homens é difícil encarar a paternidade já a partir da gravidez. Em casos assim, evite culpabilizar, o importante é conversar e manter a sintonia para um entender as emoções do outro. Com o tempo ele também pode encontrar a sua forma própria de participar.

A Haptonomia, uma nova técnica que vai encantar os pais brasileiros

Outra forma do pai participar da gravidez é através da Haptonomia (isso para os que querem se envolver mesmo!), termo ainda pouco conhecido no Brasil. Trata-se de uma técnica criada pelo holandês Franz Veldmanc, que visa promover o contato afetivo entre o pai e o bebê desde quando o pequeno ainda está no útero. A Joli Môme explica para você!

A Haptonomia pode ser considerada como uma forma de criar vínculo e também como uma preparação para o parto, tendo três atores principais: bebê, mãe e pai. Através de movimentos particulares os 3 vão entrar em contato, interagindo, tendo como principais objetivos:

  • Desenvolver um senso de segurança e afeto, levando em consideração as suas necessidades psico-afetivas.
  • Aliviar as tensões e dores que a mulher pode sentir.

Casal praticando haptonomia

A base da técnica é o toque através da barriga da mulher, como uma espécie de massagem. Através de movimentos e som repetidos, o bebê vai reconhecer o pai e seu carinho, se sentindo à vontade para interagir através do seus movimentos. O bebê vai começar a procurar a mão do pai se movimentando mais com a presença dele! O acompanhamento é feito por um profissional capacitado. A condução da técnica deve acontecer em uma atmosfera de segurança e confiança. Então, que tal preparar o ambiente com algumas velas aromáticas e aquela trilha sonora do casal? Um óleo vegetal também pode deixar a massagem ainda mais especial e intensa.

A Haptonomia se restringe ao período da gestação, mas depois que o bebê nasce o contato pele a pele pode continuar através das massagens de shantala indicadas nos primeiros meses do bebê. A massagem no pequeno vai passar confiança e conforto, aproximando pai e filho. E dando continuidade ao vínculo criado desde a barriga!

Se quiser mais informações sobre a prática você pode entrar em contato com a Denise Gurgel, nossa consultora de sono e professora de Shantala!

Ajude o pai a ter em mente a importância de participar da gravidez, momento único de transformação para o casal, e procurem juntos diferentes formas para isso. A Haptonomia pode ser uma opção. Com certeza esse acompanhamento será importante não só no período da gestação, mas no puerpério também.

papai segurando a filha

4 Comentários

4 Responses

  • Boa tarde, gostaria de receber mais informações sobre haptonomia. Vocês oferecem algum curso?

    • Olá Ingrid… Peço desculpa pelo atraso! Eu pessoalmente não ofereço curso mas conheço uma única pessoa que faz isso no Brasil, em São Paulo. Vou te mandar no particular! 🙂

      • Olá Pauline,
        Fico muito interessada.
        Será que poderia me mandar também o contato dessa pessoa por favor?
        Agradeço

        • Olá Julie! Infelizmente a pessoa que fazia isso no Brasil voltou a morar na França e não sei se tem uma outra pessoa fazendo isso no Brasil atualmente!

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